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CADERNO DE FERRAMENTAS: soluções de primeira infância em espaços públicos e modos ativos de deslocamento em Aracaju

O caderno de ferramentas, parceria entre o Coletivo Lila, IAB e FBVL, propõe estratégias e ferramentas direcionadas ao desenvolvimento de desenhos urbanos e ações comunitárias para a primeira infância. O material é um convite que visa orientar funcionários e gestores públicos da cidade de Aracaju quanto à elaboração de caminhos para a construção coletiva de cidades seguras e saudáveis, através de um jogo de ações propositivas no território, exemplificado através dos bairros Bugio e Lamarão.

Resumo do Projeto

Como pensar e criar espaços mais igualitários e democráticos? Se partirmos da afirmação de que a cidade deve ser feita para pessoas, oferecendo múltiplas possibilidades de vivências aos cidadãos, levando em consideração todas as etapas da vida, abrimos a perspectiva da necessidade de desenvolvimento de territórios educativos e inclusivos. Essa perspectiva é amplamente defendida pela Fundação Bernard van Leer, através do Projeto Urban95, que nos provocou a pensar a primeira infância como motivação central deste caderno de ferramentas. Visto que acreditamos no território urbano como coletivo, produzido por e para os cidadãos, necessário para fomentar o princípio de que todas e todos temos direito a usufruir de seus espaços. Quando uma cidade é pensada a partir do desenvolvimento infantil, ensina para os seus habitantes que a infância é preciosa e necessita de cuidado, além de promover uma construção afetiva com as crianças que se refletirá na forma como elas próprias vão cuidar da cidade, agora e no futuro. Por isso é necessário entendermos que todo território é potencialmente educativo e tem a capacidade de acolher uma intencionalidade pedagógica (BARROS, 2018). Dessa forma, faz-se urgente a necessidade de repensarmos o modelo de cidade que desejamos oferecer para as nossas crianças, o que significa entender que, aumentando a segurança, acessibilidade, capilaridade e outros importantes indicadores, ampliamos a possibilidade de atingir a grande parcela da população.

Nesse sentido, faz-se necessário entendermos a mobilidade urbana não apenas como deslocamento de pessoas e bens, conceito básico presente na literatura, mas como vetor de acesso e promoção da diversidade de seres atuantes na cidade e, diante dessa realidade, é preciso pensarmos em como incluir as crianças e, principalmente, a primeira infância dentro das políticas urbanas e das soluções de deslocamento.

No intuito de tecer realidades possíveis, este material surge das especificidades locais expressadas no cenário da maioria das cidades brasileiras, pois compreendemos a existência de tensões e desafios nas intervenções urbanísticas, bem como o descompasso entre as realidades locais e as proposições de soluções técnicas para a vida urbana.

Criamos um jogo como uma proposta de construir uma ferramenta de linguagem de compreensão universal onde acadêmicos, técnicos, gestores públicos e a população consigam dialogar com a mesma ferramenta.

A ação do jogo é ativar diversos sujeitos a construírem durante a associação de cartas possibilidades de cenários urbanos. O jogo surge como um artefato que possibilita compartilhar os variados desejos, anseios e necessidades para a cidade associando-os a possíveis soluções. Não existe vencedor! o que está em jogo é compor em coletivo as próprias criações, encontrar modos próprios pertencentes a realidade local. O jogo é a autonomia de quem joga.

Assim, através de padrões metodológicos replicáveis, criados a partir da experiência do usuário na cidade e, principalmente, do olhar das crianças, necessário para aguçar a diversidade de uso e dinâmicas de permanência, o projeto busca inserir soluções de mobilidade ativa que impactarão de forma positiva nos deslocamento de todos os atores da cidade. Além disso, busca-se sensibilizar funcionários e gestores públicos quanto à elaboração de caminhos para a construção coletiva de cidades seguras e saudáveis e, por fim, construir redes entre técnicos e funcionários do governo, organizações comunitárias locais, professores, estudantes, cuidadores e sociedade civil em geral.

Ficha Técnica

COLETIVO LÎLA
Arquitetos e Urbanistas
Alessandra Soares de Moura
Andrea Galindo de Góes
Carolina Mapurunga Bezerra Coutinho
Igor Miranda Pinto

Coordenador
André Moraes de Almeida

Pedagoga
Luisa Victor Silva
Administradora de empresas
Maria Aline Rios de Araújo

Colaboradores
Lucas Izidorio Medeiros da Silva
Maria Isabela Neves Ferreira

Equipe Técnica

Galeria do Projeto

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