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Bororé bairro-educador

Bororé bairro-educador é um projeto de intervenção desenvolvido participativamente com a comunidade que se estrutura a partir de três elementos – a escola, a rua, a praça – buscando consolidar e potencializar um território que abrace o processo educativo e que reconheça as crianças e jovens em seu desenho.

Resumo do Projeto

A lha do Bororé é um bairro localizado no extremo sul da cidade de São Paulo, Brasil, às margens da Represa Billings. As dinâmicas comunitárias deste território atravessam diversas camadas – memória, patrimônio, cultura, economia solidária, meio ambiente, história – tendo por eixo transversal a educação. As atividades propostas pela “escola-aberta” Adrião Bernardes e pela creche Sophia Roschel, as ações artísticas, culturais e de educação ambiental realizadas pela Casa Ecoativa, os grafites que narram a história do bairro feitos pelo grupo Imargem, entre outras ações, mostram que nesse território o processo educativo não se restringe à escola.



Emergindo desse território, nasce o trabalho final de graduação “às margens da educação”, que estabelece processo dialógico com a comunidade para a discussão do território educativo. Da pesquisa surge o projeto participativo “Bororé bairro-educador”, que compreende intervenções em três elementos do território - a escola, a rua, a praça – pautando-se na construção de espaços pedagógicos, comunitários, intergeracionais, inclusivos, acessíveis, sustentáveis, lúdicos e que respeitam às infâncias e juventudes.



Para o espaço da Escola Estadual Adrião Bernardes foi proposta a retirada de parte das grades, a construção de acesso independente para as quadras (permitindo acesso quando a escola tiver fechada) e melhoria da ligação com o Centro de Educação Infantil Sophia Roschel, por meio de requalificação da via, da redução de velocidade e da alteração de pavimentação.



Para a Estrada de Taquacetuba, principal via do Bororé, propõe-se a construção de calçadas largas (2,4m) com piso drenante, a instalação de sistema de energia subterrâneo (permitindo o alargamento das calçadas), a redução da velocidade para 30 km/h e a inserção de praças elevadas. São adotadas “trilhas” pedagógicas e lúdicas no caminho: a trilha da memória, onde propõe-se a restauração do mural-memória pela Associação Imargem; a trilha da educação comunitária, inserida na futura praça; a trilha ambiental, com a inserção de elementos para a educação ambiental como biovaletas e jardins de chuva; a trilha escolar, localizada na conexão da via com as duas escolas de educação básica.



A futura Praça Bororé se consolidou por meio de projeto desenvolvido de modo participativo a partir de reuniões com a comunidade, do estudo de viabilidade, do mutirão de limpeza e ativação (construção de horta e de campo de futebol) e da consolidação de projeto preliminar. Em seu programa constam o campinho (com gradil e fechamento em rede em referência à memória da pesca na região), o caminho do brincar (com brinquedos a serem realizados coletivamente), o coreto (em referência à memória da praça das cidades brasileiras), a horta como um convite para entrada na praça e como representante da atividade agrícola local.



Dessa forma, o projeto propõe, pela intervenção urbana, elementos que possam potencializar ainda mais as relações que constituem o Bororé como um bairro que sustenta e abraça a educação como processo irradiado no/do seu território.

Ficha Técnica

Co-autoria - Casa Ecoativa:
Jaison Pongiluppi Lara
Gabriela Galvão
Vanilson Fifo Rosa
Wellington Neri
Luciana Aparecida
Valéria Melissa
Adrielle Letícia
Paolo Vieira
Daniel Castro


Colaboradores:
AMIB (Associação de Moradores do Bororé)
Escola Estadual Adrião Bernardes
Grupo de Estudos em Mapografias da FAU-USP (GeMap)
Comunidade da Ilha do Bororé que participou e sustentou esse projeto

Galeria do Projeto

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Galeria Comparativa