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Plano Novo Horizonte

O Plano Novo Horizonte tem como foco o bairro que possui mesmo nome localizado na periferia de Jundiaí/SP. Seu objetivo perpassa macro e micro escalas, buscando atender todas as crianças e cuidadores do bairro, além de promover espaços mais seguros, acessíveis, saudáveis e divertidos. Dentre as propostas estão: Rota da Criança, requalificação da Estrada do Varjão, criação de Pavilhões, mobiliários e arborização, levando em consideração as necessidades e pedidos das crianças do bairro.

Resumo do Projeto

A cidade de Jundiaí/SP possui grande contraste entre os bairros que a compõe, principalmente na relação centro-periferia, como é o caso do Jardim Novo Horizonte, bairro periférico que apresenta grande desigualdade social. Com base nessa realidade, e conforme as orientações do Urban95, o Plano Novo Horizonte tem como objetivo promover espaços e estruturas seguras, acessíveis, e estimulantes para bebês, crianças e promovendo o desenvolvimento infantil no bairro.

Na macro escala, traz-se a proposta da Rota da Criança, uma rota interligada que desponta como ferramenta de auxílio ao brincar a pé, além de promover caminhos de qualidade para todos os cidadãos, com enfoque na primeira infância. Pinturas, intervenções nas faixas de pedestre, mobiliários urbanos, brinquedos de reciclagem e arborização urbana são alguns dos pontos que a rota aborda, de modo a garantir segurança, mobilidade, sustentabilidade e saúde no local. Tem-se como aparato legal essencialmente o Plano Diretor de Jundiaí (Lei 9321/2019) e o Plano de Mobilidade Urbana da cidade. Dentre isso, exalta-se, do Plano Diretor, os: art. 182 (objetivos da Política da Criança), art. 183 (diretrizes da Política da Criança) e art. 185 (criação de rotas seguras para crianças).

Em paralelo a Rota da Criança, pensando na segurança e conforto das crianças e dos cuidadores em caminhadas a pé, propomos a requalificação da Estrada Municipal do Varjão, principal via de acesso ao bairro. Esta avenida possui um grande fluxo de veículos aliado à baixa segurança para pedestres, além de comportar duas escolas: EMEB Beatriz Blattner Pupo Profa e EMEB Maria Aparecida Silva Congilio. Como orientações, propõe-se a intensificação de sinalização de trânsito voltada para o controle de velocidade; a demarcação de faixas de pedestres em todos os cruzamentos com a ideia do urbanismo tático e a requalificação das calçadas em alguns pontos que não existem infraestrutura adequada (embasamento no art. 70 inciso I e pelo Plano de Calçadas de Jundiaí).

Já na escala arquitetônica, o plano aborda a proposta dos pavilhões. Observou-se no bairro a escassez de conforto e pouco estímulo para promoção do desenvolvimento infantil e bem-estar dos cuidadores em pontos de ônibus e em espaços públicos. Assim, o projeto surge para promover melhorias nesses quesitos, intensificando o desenvolvimento social e comunitário do bairro, criando espaços seguros e saudáveis para que diversas vivências ocorram.

Para tanto, a proposta traz um módulo estrutural em formato hexagonal que pode ser instalado individualmente ou em composições, atendendo às diversas demandas encontradas, sendo as principais: suporte para pontos de ônibus sem infraestrutura, que, além de fornecer segurança para crianças e cuidadores, poderá fomentar a integração entre modais, através da instalação de bicicletários e de bikes; suporte para realização de atividades geridas pelo Poder Público, essencialmente serviços públicos efêmeros de saúde, educação, cultura e assistência social; suporte para qualificação de espaços públicos já existentes, possibilitando a realização de alguns pequenos eventos e reuniões comunitárias para toda a sociedade. Além disso, juntamente à instalação dos pavilhões, devem ser instalados mobiliários, brinquedos e elementos lúdicos, considerando as demandas infantis e as necessidades dos cuidadores.

O mobiliário do plano foi pensado para se espalhar organicamente pelo bairro, proporcionando passagens e permanências lúdicas. Trazendo a linguagem hexagonal dos pavilhões, ele se estrutura em módulos hexagonais, alternando entre pisos, bancos e canteiros. As brincadeiras sensoriais, inspiradas no Projeto Massacuca, também seriam espalhadas organicamente pelo bairro, essencialmente nas Rotas das Crianças, tendo como enfoque o uso de materiais recicláveis, provenientes do Centro de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Prefeitura de Jundiaí, fortalecendo o contato das crianças com a sustentabilidade, além de estimular a criatividade para a ressignificação de objetos comuns, transformando-os em brincadeiras e experiências.

Perpassando todos os projetos abordados, encontra-se a proposta de arborização urbana. Com base na demanda observada no levantamento feito no Plano de Bairro (2020), em que “mais da metade das crianças (50,9%) pedem "árvores frutíferas, árvores, jardins e flores” e considerando a forte relação que o Jardim Novo Horizonte possui com o Rio Jundiaí desde a sua formação, o objetivo do projeto é a requalificação das áreas que foram degradadas com a urbanização, oferecendo vantagens do ponto de vista da proteção, recuperação ambiental, retenção de água e nutrientes em locais próximos ao curso d’água, através do uso de espécies nativas da Mata Atlântica, sendo adequadas ao habitat local. A proposta paisagística visa contribuir para que os moradores e crianças passem a valorizar os espaços públicos e o meio ambiente, além de propiciar melhor qualidade de vida aos habitantes do bairro.

Ficha Técnica

Autoria:
Celina Sayuri Yamanishi
Filipi Guilherme Alves Cavalheri
Júlia Russi Zanon
Kiara Pereira Magalhães Sousa

Colaborador:
Roger Souza dos Santos

Galeria do Projeto

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