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TECIDOS RIZOMÁTICOS

Pensar nas cidades a partir de múltiplas percepções. Reviver áreas degradadas, integrando-as ao setor. Poder tecer a natureza com ambientes urbanos, trabalhar com residência e lazer. Projetado na perspectiva da infância como eixo fundamental para a promoção de cenários amigáveis, que transformam os momentos do cotidiano em grandes oportunidades de aprendizagem e convivência. Possível ser visto a partir de três níveis visuais: crianças, adultos, vista aérea. Incentivo à mobilidade saudável, que t

Resumo do Projeto

O espírito da seguinte proposta nasce do encadeamento de duas situações presentes na cidade de Rosário (Argentina). Por um lado, o convite para participar de um concurso de ideias: “Voltar às intervenções-pedestres no centro da cidade” e, por outro, ter toda a experiência que Rosário tem como cidade que faz parte das Cidades Educadoras desde o ano 1996. Incluindo seus Conselhos para Crianças (iniciativa do pedagogo italiano F. Tonucci), e o Tríptico Infantil.

Situações que nos levaram a decidir explorar o centro urbano da cidade, posicionando a criança como eixo inicial da busca.

Entendendo que se uma cidade é amigável e está estruturada pensando em dar oportunidades e acessibilidades a um ser em idade de desenvolvimento, o será também para adultos e pessoas com outras capacidades motoras, visuais e auditivas.

Pelas observações realizadas, um dos pontos que percebemos como mais influenciadores é o alto grau de estabelecimentos comerciais, principalmente roupas, presentes, eletrodomésticos e edifícios de escritórios que atuam nas áreas de pedestres. O que significa que, em geral, não são espaços habitados por crianças, nem por idosos, a não ser para a realização de algum procedimento. Resultando em pico de circulação diurna e com faixa etária muito limitada. Ficar fora disso em lugares completamente vazios, territórios abandonados e sem vida. Uma realidade que foi potencializada pelo fechamento de muitos desses negócios, razão pela qual a crise econômica que a pandemia trouxe. Saindo de locais grandes com as cortinas fechadas indefinidamente.

Razões suficientes para colocar toda a intenção desta proposta em integrar o Pedestre com o resto do setor, entrecruzando seus limites, seus usos, suas qualidades espaciais. Entendendo que é essencial para sua reativação. Além de ser uma grande contribuição para o macrocentro.

Como estratégia, foi projetado um “tecido”, de fibras que se entrelaçam ao longo de seu percurso pela malha existente, ligando espaços verdes, mobilidade e uma topografia que propõe habitações diferenciadas. Formando caminhos que dão vida ao ritmo das suas pulsações, revitalizando com a sua passagem, aquelas zonas desoladas, cinzentas, secas, entristecidas.

Este renascimento da implementação ágil e custos acessíveis coloca as experiências humanas no espaço público no “centro”.

“Que os momentos do dia a dia sejam experiências de aprendizagem, vivências saudáveis, memórias, encontros e mal-entendidos. Fortalecimento das relações em um ambiente com a natureza. Entre crianças e adultos, entre homens e mulheres, entre pressas e atrasos, entre solidões e companhias, entre mentes, corpos e corações ”

Passeios, caminhadas, intervalos, trânsito, shows, procedimentos, compras, aventuras, conversas, leituras, observação ...

Este tecido foi estruturado a partir de pontos considerados estratégicos, por se tratarem de instituições ou espaços públicos que atraem multidões de pessoas de diferentes faixas etárias, com interesses diversos e de poder aquisitivo variado. Com o objetivo de gerar encontros, relações e vínculos entre eles. E para tornar sua movimentação e movimentação pelo setor para intervir mais confortável.

Foram pesquisados: Centros culturais e educacionais (museus, galerias de arte, oficinas artísticas, línguas, escolas de ensino fundamental, médio e fundamental) Casas para idosos Praças e parques Ciclovias e bicicletários públicos Galerias comerciais e redes de supermercados com grandes superfícies destinadas a estacionamento exclusivo para clientes.

Estes últimos poderiam ser transformados, por meio de convênios com o Estado, em espaços de acesso misto. Equilibrar a falta de espaço para estacionamento público pago, com o desperdício de vagas que estes possuem, quando estão vazios.

Isso também contribuirá para a diminuição da circulação de automóveis, que passam mais tempo circulando em busca de estacionamento, dificultando o trânsito.

Um registro de momentos e tempos de uso foi adicionado a este mapeamento. Evidências da necessidade de agregar à proposta, outras formas de entrada no microcentro nos horários de pico, restringindo a entrada de veículos particulares, mas gerando Nodos de Transbordo, com postos de atendimento como: laudos, sanitários, pontos de recarga, vendas menores e Postos para mudar a mobilidade (a pé-bicicletas-skates - skates elétricos-carrinhos para pessoas com dificuldades de locomoção).

Tecer redes entre o público e o privado, entre o comércio e a residencial, entre o lazer e o trabalho. Promover um cenário de novas e variadas oportunidades, que estimule o pedestre a superar sua situação atual.

Para voltar ao eixo da pesquisa, foram analisadas algumas experiências vividas por crianças entre 3 e 6 anos. Que de forma lúdica se aventuraram pelos bairros pedestres da cidade. A marcha foi identificada em um ritmo muito mais lento do que o dos adultos, com outros horizontes visuais, outras faixas e outros estímulos. Algo totalmente ignorado pelos adultos, como um pôster ou um sim

Ficha Técnica

A equipe é formada por três arquitetos, pesquisadores argentinos e um mestre construtor, estudante de engenharia civil.
A proposta surge de um concurso na cidade de Rosario (Santa Fé, Argentina) onde foi convidado a repensar o uso de dois pedestres na área central da cidade chamados "Volver a las Peatonales".

Equipe Técnica

Galeria do Projeto

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Galeria Comparativa