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Bairro meu: [re]conhecer, [re]pensar e [re]construir o meu lugar.

O Projeto Bairro Meu é uma ação de pesquisa desenvolvida no âmbito do trabalho “Design participativo nas margens: democracia e direito de brincar pelas infâncias na ilha de Upaon-Açu, Maranhão, Brasil”. Orientada por meio de um experimento de Design com o olhar voltado aos espaços e equipamentos públicos lúdicos, realizou, junto com as crianças, uma série de atividades que incluíram oficinas, jogos, visitas, desenvolvimento de maquetes e a produção de um manifesto e uma carta à prefeitura.

Resumo do Projeto

O Projeto Bairro Meu: (re)visitar, (re)pensar e (re)construir é uma ação de pesquisa ativista e participativa desenvolvida por meio do trabalho intitulado Design participativo nas margens: democracia e direito de brincar pelas infâncias na ilha de Upaon-Açu, Maranhão, Brasil. O Estudo é desenvolvido no âmbito do doutorado em Design da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa/PT, financiado pela FAPEMA - Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão e ligado ao Centro de Investigação em Design Arquitetura e Urbanismo da FAULisboa.



Os objetivos centrais foram: 1. fomentar a participação ativa das crianças no planejamento de espaços e equipamentos de caráter lúdico em suas comunidades; 2. Apreender como poderia se dar essa participação, a partir da opinião das próprias crianças; 3. Trabalhar os conceitos de participação cidadã, protagonismo infantil, democracia, sustentabilidade, direito à cidade e direto de brincar na cidade;



O projeto envolveu 36 crianças de 4 a 14 anos, em duas comunidades da Ilha de Upaon- Açu/Maranhão: O Quilombo Urbano da Liberdade, localizado no município de São Luís e a Vila Maresia, localizada no Município de Raposa.



Embora ambas as localidades serem numa mesma ilha, têm características bem particulares. O Quilombo da Liberdade está localizado em meio urbano, com ruas asfaltadas e escassas áreas verdes (estas localizadas mais periféricas, margeando o bairro, em área de preservação permanente: manguezais) enquanto a Vila Maresia está localizada em zona rural, próxima a praia, onde se observam ruas sem calçamento e bastante área verde em seus espaços. Outra grande diferença entre as duas comunidades, mais ligada ao tema central do projeto, é que a primeira conta com espaços públicos lúdicos dedicados à infância (embora escassos, centralizados e não facilmente acessíveis a todo o bairro, além de estarem em situação de degradação) enquanto a segunda não detém (nem nunca teve) qualquer espaço ou equipamento lúdico implementado pelo poder público, contando com iniciativas para tal, da própria comunidade.



Orientada por meio de pesquisa experimental em Design e no Design Participativo, com o olhar voltado aos ambientes e equipamentos públicos lúdicos, este projeto realizou, junto com as crianças, uma série de atividades que incluíram oficinas, jogos, visitas, desenvolvimento de maquetes e a produção de um manifesto e uma carta à prefeitura.



Por meio deste projeto, investimos na ação com as crianças como instrumento que resultou na reflexão sobre quais seriam os artefatos (de lazer e lúdicos) que fariam mais sentido para elas, sua melhor localização e, ao mesmo tempo, pudemos, junto com elas, ensaiar práticas mais justas e democráticas de fazer a cidade.



Experimento Social: abordagem concha

Ambas as comunidades locus da troca social durante o projeto são costeiras. A abordagem metodológica do experimento, inspirada na anatomia de uma concha, tem o lugar de conversa na base, que se conecta com as ações desenvolvidas. Todas as atividades precederam, aconteceram por meio de, e foram finalizadas em espaços de diálogo e reflexão. Todas as ações do projeto estavam conectadas e o encadeamento seguiu uma ordem lógica que fomentou a ativação do pensamento crítico das crianças sobre seus lugares e os devidos usos dos espaços.



As ações desenvolvidas foram:

1. Visita Guiada pelas crianças

2. Oficina de fotografia

3. Fotografia participativa: registro fotográfico feito pelas crianças

4. Imaginação de futuros

5. Prototipagem generativa

6. Jogos sobre cidadania, democracia e direito à cidade

7. Manifesto: meu bairro existe!

8. Visita: da margem ao centro

9. Carta da cidadania infantil pelo direito de brincar na cidade



Produtos e ações resultantes:

Produtos desenvolvidos durante o projeto e a serem desenvolvidos como atividade futura: uma série de fotografias de autoria das crianças; uma exposição fotográfica física e outra virtual; o manifesto Meu Bairro Existe, composto por uma série de cartazes construídos a partir das fotografias e percepções das crianças e pesquisadora e uma Carta, entregue à prefeitura de Raposa/MA, intitulada Carta da cidadania infantil pelo direito de brincar nas margens urbanas, com desenhos e reivindicações das crianças.



Outros resultados poderão ser observados como mais valia às crianças participantes e aos seus lugares de origem e estão diretamente relacionados ao desenvolvimento da infância e educação, ao fomento da participação e protagonismo da criança sobre o destino de seus bairros e de suas cidades e a ocupação dos espaços públicos na busca por seu direito a cidade, seu direito de brincar na cidade e contribuindo para uma cidade melhor para todas e todos.

Ficha Técnica

Título da Ação: Bairro Meu: (re)visitar, (re)pensar e (re)construir.
Vinculado ao projeto: Design participativo nas Margens, democracia e o direito de brincar pelas infâncias na ilha de Upaon-Açu, Maranhão, Brasil.
Pesquisadora coordenadora: Camila Andrade Dos Santos (IFMA; doutoranda FA-Ulisboa)
Vínculo da Pesquisadora Coordenadora: Instituto Federal do Maranhão - IFMA.
Professoras orientadoras: Profa. Dra. Rita Almendra (CIAUD/FAULisboa); Profa. Dra. Inês Veiga (CIAUD/FAULisboa); Profa. Dra. Raquel Noronha (NIDA/UFMA).
Discentes envolvidos: Isadora Marta Ribeiro (Curso técnico em Design de Móveis/IFMA) e Lucas Martins Leite (Curso técnico em Comunicação Visual/IFMA).
Professoras colaboradoras: Ivana Maia (IFMA), Tayce Artioli (IFMA), Lara Teles (IFMA), Eliane Moreira (Educação Infantil, Liberdade); Maria da Glória Brasil (Educação Infantil, Raposa).
Colaboradoras/es: Cynthia Cristina Agrela (Conselheira Tutelar); Samya Cristina Brasil (Ass. Três Marias); Sebastiana Cristina Brasil (Ass. Três Marias); Cezar Lopes (Ass. Quilombola).
Entidades colaboradoras: Associação dos Remanescentes Quilombolas Urbano do Bairro da Liberdade; Associação Três Marias; Instituto Maranhão Sustentável.
Centros de investigação e grupos de pesquisa envolvidos: Centro de investigação em Arquitetura, Urbanismo e Design - CIAUD/FA-ULisboa; Research and Education in Design - REDES DESIS LAB/FA-ULisboa; Núcleo de Pesquisas em Inovação, Design e Antropologia - NIDA/UFMA; Grupo de Pesquisa em Design Inclusivo para a infância - Tato Ativo/UFMA; Núcleo de Design e Inovação - NuDI/IFMA.
Agencias de fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão - FAPEMA por meio da Bolsa de Doutorado e bolsa de Iniciação Científica; Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq e Instituto Federal do Maranhão por meio de bolsa de Iniciação Científica.

Equipe Técnica

Galeria do Projeto

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