Entrar

Caminho de Histórias

O Projeto interseciona áreas de educação, saúde, meio ambiente e urbanização, a partir de uma visão bioecológica do desenvolvimento, inspirado em iniciativas internacionais de fácil implementação e replicabilidade (CA, USA, UK) que integram as famílias e crianças (0 e 6 anos) aos espaços urbanos verdes, promovendo um circuito de histórias com estações de leitura, desenvolvidas com material sustentável.

Resumo do Projeto

A motivação deste projeto levam em consideração que os indicadores de alfabetização do Brasil não refletem números animadores, soando como um alarme para o desenvolvimento urgente de políticas e ações públicas que promovam o envolvimento da primeira infância e da parentalidade com a leitura. O acesso à leitura e aos livros nem sempre é favorável, diante de um grave cenário de desigualdade socioeconômica que vivemos historicamente no Brasil, fato preocupando somando-se a outro, de que as crianças ficam cada dia mais confinadas aos espaços domésticos, com poucas oportunidades de movimentar-se ao ar livre, aumentando as chances de obesidade e outros graves problemas de saúde. Dessa forma, inspirada em projetos internacionais que integram leitura em praças públicas, propomos uma aproximação da literatura infantil, através de circuitos de histórias, divididas e continuadas em cenas, através de estações fixadas em espaços verdes públicos onde transitam famílias de crianças com idade entre 0e 6 anos, estimulando o movimento através da oportunidade de seguir as indicações de descobrir como a história continua e acaba. As histórias escolhidas incentivarão ainda a aproximação das famílias com a cultura brasileira, através de personagens folclóricos e do mundo natural, pertencentes ao imaginário infantil das mais variadas infâncias brasileiras, sendo de fácil replicabilidade em diversas regiões e microrregiões de nosso país.

A Comissão sobre ‘Determinantes Sociais de Saúde’ da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que uma abordagem integral voltada ao desenvolvimento infantil na primeira infância é estratégia fundamental para promover a equidade na saúde (SCHNEIDER et al, 2015). Políticas e programas equitativos da primeira infância são cruciais para atingir os objetivos de desenvolvimento sustentável e para as crianças desenvolverem as habilidades intelectuais, a criatividade e o bem-estar necessário para se tornarem adultos saudáveis e funcionais. A educação contribui com o nível de bem-estar das pessoas ao longo da vida, o nível de escolaridade está correlacionado à maior expectativa de vida, à melhores condições de saúde, e o alcance à melhores níveis socioeconômicos e de qualidade de vida, diminuindo as chances do indivíduo se envolver em episódios de crimes e violência. Embora a aprendizagem ocorra ao longo da vida, na primeira infância a aprendizagem está ocorrendo a uma velocidade inigualável (UNICEF, 2016)

A importância da aprendizagem na primeira infância está enraizada na segunda meta de Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4 (ODS), que visa garantir que, até 2030, “Todas as meninas e meninos têm acesso a um desenvolvimento de qualidade na primeira infância, cuidados e educação infantil para que estejam prontas para a educação fundamental”, portanto a educação infantil ganha valores de ferramenta essencial para alcançar indicadores mais altos em Educação Fundamental Universal e os ODS (ONU, 2016).

A comunidade, incluindo com toda certeza a família, é fundamental para a compreensão da sustentabilidade e a educação para uma vida sustentável é “um empreendimento que transcende todas as nossas diferenças de raça, cultura e classe” (CAPRA, P.108,109).

Parque e praças em diversas cidades pelo mundo desenvolveram atividades que promovem a participação de famílias e crianças através de um circuito de histórias, que podem ser trocadas com periodicidade pré-estabelecida.

O nosso projeto acrescenta o uso de materiais planejados com material sustentável e resistente, de baixo custo inclusive de manutenção. As histórias escolhidas promoverão uma a aproximação com a cultura local e brasileira, privilegiando personagens e seres da natureza. Histórias diferentes serão ambientadas em espaços diferentes, simultaneamente, gerando possibilidade de trocas ou complementações. Utilizando o pensamento por trás do Desenho Universal da Aprendizagem, as histórias poderão abrir caminho para ações de inclusão, uma vez que todas as crianças serão contempladas em suas necessidades, podendo ganhar complementos tecnológicos, com recurso de aplicativos para crianças cegas, por exemplo. Acrescentamos o fato que é de fácil implementação e replicabilidade, carregando objetivos importantes como colaborar com práticas da parentalidade positiva, cultural e ambiental e a integração dos espaços urbanos dirigidos às famílias dos pequenos.



Ficha Técnica

Coordenadora e responsável, Adriana Amaral é fonoaudióloga, psicomotricista, especialista em neurociências da aprendizagem, mestre e graduanda em psicologia, articuladora de projetos pela Primeira Infância, colaboradora do Projeto Pela Primeira Infância (SP), no qual desenvolveu o Programa Parentalidade, uma série de produtos (transmídea) informativos sobre o desenvolvimento infantil com base em evidências científicas. Professora (INA/UFRJ) e palestrante. Escritora e terapeuta narrativa e há 25 anos utiliza os livros infantis como recursos terapêuticos, inclusive com crianças com transtornos do desenvolvimento como a dislexia. Mãe, tia, sempre preocupada com a infância, somente há 30 anos.
André Leal de Sá atua desde 2000 nos setores de meio ambiente, desenvolvimento sustentável e geração de energia renovável, com o desenvolvimento, construção, financiamento e operações de parques eólicos, solares e pequenas centrais hidrelétricas. Adicionalmente, atua no setor de neutralização de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), desde o início do Protocolo de Kyoto, estruturando projetos de Créditos de Carbono, Verificação, Validação e Registro junto ao Governo Brasileiro, ONU e agências internacionais. Graduado em Economia pela Universidade Federal Fluminense (RJ), também é mestre em Planejamento Energético pela COPPE-URFJ. Pai, tio comprometido com ações que gerem impacto positivo para as gerações futuras.
Veronica Leal de Seixas Mattos, arquiteta (UFRJ). Há mais de 20 anos no mercado, fez parte da equipe de projetos em escritórios
renomados do Rio de Janeiro e de Niterói. Atuou em grandes projetos Públicos e Comerciais. Tia do Antônio Bento, de 2 anos, deseja colaborar com uma cidade harmonizada com a infância dele.
Márcio Mattos é formado em design industrial. Desde 2004 aplicando design thinking nos seus empreendimentos. Atualmente sócio e diretor geral do grupo Somos, formado por 4 empresas, unindo capacitação, campanhas de incentivo utilizando o marketing digital na transformação da sociedade através do conhecimento e arte. Pai do Caio, sempre disposto a incentivar a criatividade na infância.

Galeria do Projeto

' ' ' ' '